Sobre a mesa de jogo fala-se de jogo. Em redor do jogo fala-se de política, petiscos da região e tudo mais. Tanto dentro como fora do jogo as discussões e zangas aquecem pontualmente o ambiente que é normalmente caracterizado pela calma e um relativo silencio. Estas mesas servem de ponto de encontro regular para sócios que as usam como um território protegido.

O vocabulário destes jogos vem de outras gerações; a rapada, o marcar a carta, a moca de dez… esta linguagem serve de código que une jogadores num mundo especial, um santuário à parte do rebuliço da cidade.

São jogos como a sueca, a paciência mas também xadrez e damas que servem para juntar pessoas e criar uma cultura de partilha e convivência. Ouvimos sons de conversa amena, memórias e histórias, da procura pelo melhor parceiro para o próximo jogo, já que há campeões de sueca, e uns que vêm só para se entreterem…

O ambiente é caracterizado pela televisão a baixo som à distancia, o folhear de jornal e a conversa amena acompanhando o bater das cartas na mesa.

 

Proveniência: Instituto Liberal, Rua Direita