Aceda aqui aos projectos radiofónicos desenvolvidos pelos artistas, investigadores e colectivos convidados para esta oitava edição da EIRA. Ouça também as suas conversas com membros da OSSO.


SONOSCOPIA

O colectivo Sonoscopia, como arquivo residente nesta edição da EIRA, apresentará uma parte significativa das suas edições e pesquisas sonoras, fruto de um trabalho continuado que tem feito o seu caminho nesta última década. A par da rememoração deste percurso, vamos também estar alguns dias em residência na OSSO, onde desenvolveremos novas criações sonoras a partir de zonas mais inexploradas do nosso arquivo recente.

Ricardo Jacinto à conversa com Gustavo Costa | 16.02.23


A Sonoscopia assume-se como um espaço de reflexão e criação, onde a confluência de diferentes formas de pensar e actuar se assume como uma das suas principais forças. Ao longo destes últimos anos temos feito um esforço para criar um espaço onde vários artistas relacionados com a música experimental, improvisada e electroacústica possam cruzar ideias e desenvolver trabalhos consistentes num espaço físico que reúna condições técnicas e humanas dignas. Acreditamos que é esta dinâmica que faz com que não só o colectivo criativo da Sonoscopia possa evoluír, mas que toda a lógica de enquadramento com os criadores locais e nacionais se possa afirmar devidamente numa rede internacional de criadores. Queremos criar um espaço livre onde as pessoas se sintam parte, mediante as suas possibilidades, do espaço / associação / colectivo / projecto Sonoscopia. Queremos que as pessoas venham à Sonoscopia, aos nossos eventos, que sejam incluídas nos nossos projectos e que sintam que fazem parte da Sonoscopia.

SUSE RIBEIRO

Nesta edição da EIRA, Suse Ribeiro apresenta uma seleção eclética de vários trabalhos que cruzam e passam pelos diversos universos por onde tem dado o seu contributo a tocar, a produzir ou a espacializar — em concertos, instalações, documentários ou peças de teatro ou dança. Também da a conhecer alguns parceiros e projectos mais regulares com quem tem tido o privilégio de aprender, partilhar e fazer música.


Suse Ribeiro, Música, sonoplasta e produtora musical. Começou na área da música erudita, tendo tocado durante muitos anos em diversas orquestras e trabalhado com vários maestros, como Reinbert de Leeuw, Marc Tardue, Michael Zilm, Peter Rundel, entre muitos outros. Estudou orquestração, percussão, direcção de orquestra e produção musical. Trabalha na área da espacialização sonora enquanto meio e ferramenta da performance artística. Nos últimos anos tem desenvolvido trabalho, enquanto produtora musical, na área da música, cinema, dança e teatro. Colabora ou colaborou frequentemente com artistas plásticos, músicos e companhias tão diversas como João Onofre, Ictus Ensemble, Remix Ensemble, Drumming GP, Companhia Olga Roriz, Rosas Dance Company, Warpaint e Peter Murphy, entre outros. Recentemente, fez os arranjos e direcção do ensemble da banda do Circo no Coliseu (2021). Actualmente, faz e investiga desenho de som com a tecnologia Ambisonics e Dolby Atmos. Criou a editora Atmus e toca com vários grupos de música contemporânea na área da música electroacústica. Produz discos em vários estilos musicais, nomeadamente, música contemporânea erudita, jazz e pop-rock. Grava discos em estúdio e ao vivo.

CONCERTOS | ELEONOR PICAS E JOÃO ALMEIDA

Música ao vivo na OSSO. Este concerto é transmitido em FM 89,6 MHz (São Gregório e arredores) e streaming neste player.


Eleonor Picas | 18h

Concerto de Eleonor Picas em directo da OSSO na OSSO | 18.02.23

Eleonor Picas, estudou no Conservatório de Música do Porto (Profª Áurea Guerner) e frequentou o ensino superior no Conservatório Superior de Música de Madrid (Profª Maria Rosa Calvo Manzano). Trabalhou com outros professores em Masterclasses, como Jeuan Jones, Josef Molnar, Stefanie Manzo, Erika Wadenburg.

Lecionou em diferentes escolas de música e abriu a classe de harpa nos Conservatórios de Música de Coimbra, Braga e Aveiro. Atualmente é professora do Conservatório de Música Calouste Gulbenkian (Braga), no Conservatório Bomfim (Braga), e no Bando dos Gambozinos (Porto).

Participou em vários projetos de orquestra com: Orquestra Gulbenkian, Orquestra Sinfónica do Porto Casa da Música, Orquestra das Beiras e do Norte, Orquestra de Guimarães e com orquestras juvenis e académicas: orquestra da ESMAE do Porto, Orquestra da Escola Profissional de Viana do Castelo, do Vale do Ave e Espinho e Orquestra da Universidade do Minho. Gravou com vários músicos e grupos, do Pop ao Rock e ao Jazz: Vai de Roda, Zoe, Gnomon, Luísa Sobral. Com a cantora Maria João gravou um disco e fez um espetáculo “20 poemas de amor e um desesperado” (Teatro São Luís). Actualmente toca no Harawi Ensemble, grupo de música clássica de Braga. Faz parte dos Medusa Unit, com quem se apresentou no Zigurfest, este Verão. Toca nos Space Ensemble com quem se apresenta regularmente com vários programas de filmes, um pouco por todo o país. Tem tocado com os Três Tristes Tigres. Fez o 4º Curso de Animadores da Casa da Música, apresentando-se várias vezes em concertos do Serviço Educativo da Casa da Música, organizou os Concertos para Pequeninos, em Vila do Conde, mensalmente durante 3 anos e durante 3 anos foi diretora musical do projeto “Quem tem medo?” trabalhando com um grupo de jovens de etnia cigana, no Mosteiro de Tibães, onde foi desenvolvido um projeto musical com apresentações no Theatro Circo e no Museu dos Biscainhos. Desenvolveu um projeto artístico de comunidade, com o Lar da Fundação António Joaquim Gomes da Cunha.


João Almeida | 21h

Concerto de João Almeida, em directo da OSSO | 18.02.23

João Almeida (1997) é um trompetista, improvisador e compositor português radicado em Lisboa, Portugal. Nos últimos anos tem colaborado com alguns dos mais importantes músicos do panorama nacional e internacional, como Albert Cirera, Gabriel Ferrandini, Hernâni Faustino, Pedro Alves Sousa, Marcelo dos Reis, Rodrigo Amado, Ernesto Rodrigues, Guilherme Rodrigues, Gonçalo Almeida, Ricardo Jacinto, Nuno Morão, Angélica Salvi, Susana Santos Silva, Yaw Tembe, Ricardo Martins, Norberto Lobo, João Lobo, Abdul Moimême, Álvaro Rosso, Rodrigo Pinheiro, Yedo Gibson, Pedro Melo Alves, João Valinho, Mariana Dionísio, Maria do Mar, Peter Evans, Péter Ajtai, Mia Dyberg, Fred Lonberg-Holm e Brandon Lopez. Faz parte de grupos como GARFO, PEACHFUZZ, Chão Maior, Lucifécit, Medusa Unit, Rodrigo Amado Refraction Quartet, LUMP e AL!. Em maio de 2020 lançou seu álbum de estreia, ‘SOLO SESSIONS * ||||’, um álbum centrado na exploração de técnicas estendidas e no uso de objetos para manipular o som. Desde então, tem sete lançamentos em sua própria gravadora, a JARECORDS, plataforma que utiliza para apresentar seus trabalhos. Actuou em festivais e espaços como Teatro S.Luiz, Teatro do Bairro, Capitólio, Salão Brasil, Hotclube de Portugal, Sala Porta-Jazz, Zaratan, Café Dias, Sociedade Guilherme Cossoul, Galeria Zé dos Bois, Centro Cultural de Belém, Fundação Calouste Gulbenkian, Culturgest Lisboa, Casa da Música, Outfest 2019-2021, Guimarães Jazz 2020, Festa do Avante, Festival de Jazz de Robalo, Quebra Jazz, Teatro ACUD, Madame Claude, LOOPHOLE e já fez digressões pela Europa.

CONVERSAS

Ricardo Jacinto e Teresa Santos à conversa com Eneida Lombe Tavares | 11.02.23

Ricardo Jacinto à conversa com Hugo Brito | 18.02.23


Eneida Lombe TavaresHugo Brito formou-se como cozinheiro em Amesterdão em 2003, após um percurso como artista plástico, no Ar.Co e posteriormente em De Ateliers, Amsterdam.
Ao regressar a Lisboa, e após alguns anos a tentar conciliar 2 carreiras irreconciliáveis e trabalhar em vários restaurantes da cidade, abriu o boi-cavalo, de que é chef e co-proprietário, em 2014, trabalhando sobre uma ideia de comida Lisboeta contemporânea, aberta a múltiplas influências, o que lhe tem valido amplo reconhecimento, quer nacional, quer internacionalmente.