A décima quinta edição da EIRA decorre de 20 a 27 de Julho de 2024 e conta com a participação do professor e artista sonoro Diogo Tudela, que esteve em residência na OSSO com alunos do mestrado em New Media da Escola de Artes da UCP, e apresentará vários programas de rádio.
Ile Jo Castro, que nas últimas semana tem estado a fazer uma residência prolongada de criação na OSSO, com artistas Lui L’Abbate e Rezmorah vai também apresentar um programa e falar-nos do seu universo de movimento, em conjunto com membros da sua equipa criativa.
Vamos poder também escutar uma conversa com, e um programa de, Gil Delindro, artista sonoro que esteve em residência na OSSO no passado mês de Junho, no âmbito desta edição da EIRA.
O arquivo residente é a OSSA, a OSSO Sound Archive, que vai explorar as anteriores edições da EIRA e outras realizações sónicas.
Fechamos a programação desta EIRA com dois Dias Abertos (na OSSO e no Salão de São Gregório), com a perfomance dile Jo Castro com Lui L’Abbate e Rezmorah, concertos de David Maranha + Manuel Mota, das Agressive Girls, do artista sonoro Gil Delindro, e do ensemble MEDUSA unit (Ricardo Jacinto, João Almeida, Yaw Tembe, André Hencleeday, Eleonor Picas, Alvaro Rosso e Nuno Morão).

 

EMISSÃO | 25 Jul
18h15 | programa de Gil Delindro (reprise) 62’

19h15 | conversa com Gil Delindro (reprise) 42’

20h | programas Diogo Tudela bloco #6
– Eurodance Variations (Diogo Tudela, 2023, 8’)
– Reggaeton or a Haptic Lecture on Pressure to the North (Research Podcast), (Diogo Tudela, 2019-20, 39’)
– Tendency Mix for OSSO (Tiago Carneiro, 2024, 59’)

21h00 | arquivo OSSA bloco #6 (peças do arquivo da OSSO difundidas ao longo da emissão)
Paisagem contada I-III (Eneida Tavares, EIRA 10, 25’)

 

Diogo Tudela

20 de julho 2024
DOM (00:20:40), Diogo Tudela, 2022
DOM é o resultado de sucessivas expansões de uma encomenda de sound design para um museu. Originalmente, a instituição pretendia que fosse produzida uma série de objetos sonoros onde a prática de reconstrução, ou síntese, de elementos, ditos, naturais fosse audível. Recorrendo técnicas de síntese, como modelação física e klattgrid, como métodos para produzir “artificialmente” sons de vento, água, pássaros e de outros elementos normalmente integrados numa noção prosaica de “natureza”, foi produzido um léxico sonoro onde a reconhecimento indexical dos sons (“som de vento”, “som de água”, “som de pássaros”) se vê não raras vezes abalado por comportamentos sónicos impossíveis. Este conjunto foi posteriormente sequenciado, remontado e expandido a título pessoal dando origem à breve peça que aqui se apresenta.

VOCAL ENGINEERING (00:42:29), Diogo Tudela + Marcelo Reis
Este programa agrupa dois excertos de duas instalações que fazem uso exclusivo da voz enquanto matéria prima. A primeira peça, extraída da instalação vídeo “Voice The Constructor” (2020) de Diogo Tudela, recorre a gravações de vozes extraídas de filmes pornográficos como sinal de entrada para um sistema de síntese granular construído em Processing e SuperCollider pelo autor. A segunda, um excerto da instalação sonora de Marcelo Reis intitulada “Um to na Pista” (2024), recorre a síntese concatenativa e samples de funk brasileiro para criar um diálogo rítmico entre duas colunas.

21 de julho 2024
MOTORDROMO SINTÉTICO [MANIPULATION] (OSSO REWORK) (00:09:32), Diogo Tudela, 2017-2024
Partindo da instalação sonora Motordromo, que tem vindo a ser apresentada em diferentes iterações desde 2017, e que assenta na exploração material e diagramática do efeito de doppler, a presente gravação apresenta um curto estudo para eventuais ativações ao vivo da peça. Composta por um conjunto de discos de 12’’ em cobre com gravações circunferênciais excêntricas – que não partilham o mesmo centro -, em muito semelhantes aos esquemas regularmente utilizados para ilustrar o efeito de doppler, a peça serve-se da coincidência material que tais discos provocam quando lidos num gira-discos: os sulcos descentrados fazem com que a agulha do equipamento oscile longitudinalmente a cada rotação, logo, o diagrama de doppler acaba por provocar um efeito de doppler acústico. Nesta manipulação, as frequências emitidas pelos discos alimentam um software de pitch-tracking e wavetable synthesis escrito pelo autor que visa expandir as capacidades plásticas dos discos. Pode encontrar mais informação em: https://formatspace.org/Diogo-tudela

FREE PLAY SESSION (00:43:34), Diogo Tudela, 2024
Gravada com 4 CDJs e servindo-se de várias gravações de percussão geradas algoritmicamente através de sequências de números inteiros, esta sessão faz uso de material editado e não-editado da série de EPs Free Play.

22 de julho 2024
IF MACHINE (00:10:52), Diogo Tudela, 2018
Excerto áudio da instalação “Automata Suboptimal” (2018). Pensada originalmente para ser “lida” pelo ser zoomórfico que ocupava o centro da galeria, a peça sonora parte da síntese sonora texto de Rudyard Kipling “If”, de 1910, através de um sistema TTS. O recurso a este poema justifica-se de forma bifurcada. Se por um lado, o texto original apresenta uma série de condicionais “if” remetendo para um universo computacional, por outro, a narrativa gerada por essas mesmas instruções moralizantes e que conclui com a famosa expressão “you will be a man, my son”, exclui a entidade xenomórfica que as articula com dificuldade.

BATIDAS E INSTRUMENTAIS (Vol.1) (00:47:52), WUANT (Marcelo Reis), 2024
Revisitando o álbum de instrumentais de “Batidas e Instrumentais Vol.1”, de 1988, editado enquanto “sampler” para produtores nos inícios do género funk favela, Marcelo Reis apresenta uma re-síntese integral do álbum utilizando o sinal original como envelope followers que alimentam 3 sintetizadores.

23 de julho 2024
Preliminary Studies for FRELITRA (00:43:17), Diogo Tudela, 2023-2024
Gravação com estudos e ensaios para um projeto editorial vindouro onde a música tradicional do norte ibérico serve de matriz para uma reconstrução sincrética a partir de repertório, instrumentos e ritmos partilhados entre norte de Portugal, Galiza e Astúrias. Servindo-se de algum material desenvolvido para a instalação WORK, entre o qual uma reinterpretação para violoncelo de Ricardo Jacinto de uma foliada raiana, este breve ensaio visa explorar as possibilidades tímbricas de instrumentos tradicionais através de técnicas expandidas, complexificar computacionalmente os ritmos de muñeiras, lhaços e jotas, através de um prisma construtivo, ignorando, em várias escalas, qualquer abordagem etnográfica.

Dub Session for “WORK” (00:13:59), Francisco Antão, 2023
Francisco Antão foi um dos músicos convidados para contribuir para a instalação WORK, apresentada em Serralves em 2023. Devido à sua metodologia própria e proximidade com o Dinis Santos, o bailarino que protagonizou todas as cenas gravadas para a peça, Francisco Antão optou por gravar as suas contribuições sonoras em tempo real no estúdio de gravação num diálogo constante com o intérprete. O excerto que aqui apresentamos é um corte em bruto da dinâmica de provocação que ambos estabeleceram entre impulso sonoro e coreográfico.

24 de julho 2024
No Input Mix for “WORK” (00:28:31), Francisco Antão, 2023
Gravação em linha que utiliza como impulso base a amplificação de mesa de mistura sem qualquer sinal de entrada. “No input mixing” descreve a delicada prática de recorrer aos circuitos internos de uma mesa de mistura enquanto elementos geradores de som, abdicando de qualquer entrada de sinal externa ao dispositivo. O método parte, geralmente, da retro-alimentação da mesa, ou seja, da passagem de ruído “ground floor” de uns canais para os outros, causando feedbacks e artefactos eléctricos. Partindo dessa base, Antão acrescenta ao sinal cru da da mesa processamentos com pedais e efeitos modulares analógicos. A peça foi gravada numa única sessão.

TOOLING (00:29:27), Diogo Tudela, 2022
Sendo o primeiro capítulo de uma série dedicada à investigação sobre a noção de instrumentalidade nas práticas artísticas sustentada pela realidade de construção de ferramentas, esta gravação inicial compila uma pequena coleção de exercícios cujo único factor de agregação reside na sua componente formal e génese técnica. Decorrente de uma seleção de ficheiros áudio gravados em ocasiões passadas que vão desde instalações de som a experiências com software que incluem gravações de campo, resultados de síntese de modelação física falhados e resultados preliminares de redes neuronais, os doze momentos que compõem este conjunto podem ser caracterizados como um entrelace formal desses sinais. O entrelace (forma) destes sinais brutos (matéria) foi feito através da construção (ferramentas) de um sistema baseado na síntese granular que varre sequências e organiza o som espacialmente através de estruturas epicicloidais.
O software ainda sem nome responsável por tais construções sonoras, ainda em fase de desenvolvimento, é uma primeira tentativa pessoal de rentabilizar profundamente o servidor de síntese do SuperCollider (scsynth).


Diogo Tudela
Diogo Tudela (Porto, 1987) é um programador e fazedor interessado em sistemas sintáticos, linguagens formais e representações alográficas. Concluiu a Licenciatura em Som e Imagem em 2009 e o Mestrado em Artes Digitais em 2011, ambos na Escola das Artes da Universidade Católica Portuguesa, instituição onde estagiou enquanto investigador no CITAR — Centro de Investigação para a Ciência e Tecnologia da Arte, e onde lecionou a unidade curricular de Tipografia e Design de Comunicação na Pós-Graduação em Design Digital, entre 2012 e 2014. Atualmente leciona na licenciatura de Arte Multimédia do ISMAI, na Pós-Graduação em Gravura da FBAUP, e na licenciatura em Artes Plásticas e Intermédia da ESAP. Em 2015 foi finalista do prémio Novo Banco Revelação da Fundação Serralves, e selecionado para integrar a seleção oficial do BAFTA Qualifying ASFF. Em 2017 apresentou a peça “Solar Paramétrica” no CAAA, Guimarães, através de uma bolsa da Fundação Calouste Gulbenkian.

dtdl.work

Gil Delindro

Esta sessão da Eira é uma seleção bastante diversificada de faixas nunca antes publicadas, que misturam instrumentos tradicionais gravados durante a Residência, nomeadamente piano, percussão e voz, com field recordings, sintetizadores e processamento analógico.

Durante o período de residência desenvolvi uma instalação temporária com tubos de ferro no exterior, mas aproveitei o tempo de estúdio para compor e misturar música fora da orla do meu trabalho de galeria e museu, com um foco maior na composição musical. Este trabalho acaba por ser um esboço de um álbum a solo a ser lançado no início de 2025.

Todas a gravações e mistura foram feitas a solo, com a excepção da faixa que se estende até ao minuto 6, que contou com a colaboração de Teresa Castro na gravação da voz.


Gil Delindro (1989, Porto) É um artista Sonoro e Visual com amplo reconhecimento internacional. O seu processo de trabalho tem por base a pesquisa intensiva de campo: destacam-se: o deserto do Sahara (The Weight of Mountains, 2015), Floresta tropical Brazil (Resiliência, 2017), norte rural do Vietnam (Blind Signal, 2019), glaciar do Rhone (La Becque 2019), Vulcões de Auvergne (Intramuros 2020), Northumberland National Park ( VARC 2022).

Recebeu prémios de instituições como: EPO ( European Patent Office), EMAP (European Media Art Platform), EDIGMA (prémio media art, PT), Berlin Masters Award (DE), ENCAC (Rede Europeia de Criação Audiovisual), Fundação Calouste Gulbenkian (PT), Berlin Senate for Kultur & Europa (DE), Goethe Institute (DE), OSTRALE (DE), STEIM foundation (NL), Ford Foundation (Resiliência, Brasil), Fundação Françoise Siegfried Meier (La Becque, Suíça), EOFA (Embassy of Foreign Artists, Suíça), VARC (Visual Arts in Rural Communities, UK), entre outros.

A sua obra encontra-se representada em coleções privadas e públicas, e já apresentou trabalho na América do Norte e Sul, Ásia e Europa.
Em 2016 foi selecionado pela plataforma SHAPE, como um dos artistas sonoros mais inovadores da Europa, sendo programado por festivais de referência como MusikProtokoll (AU), Novas Frequências (BR), CynetArt (DE) Athens Digital Arts Fest (GR), ARS Eletronica(AU), Submerge festival (UK), Semibreve (PT), Lisboa Soa (PT).

Tem trabalho publicado em disco pela Tzadik (Nova Iorque), Sonoscopia (Porto) e Ausland (Berlim), entre outros.

delindro.com

Jo Castro

LABIA é um projeto de investigação autobiográfico de carácter processual permanente, que nunca se fixa, mas que se transforma em cada momento e espaço que ocupa.
Partindo da não-binaridade como ação de desestabilização da própria identidade, LABIA propõe um encontro entre artistas multidisciplinares e transdisciplinares, que navegam entre mundos sem se encerrar em formas enraizadas de operar, numa coexistência e ressignificação das suas (res)(ex)istências.
Aliades a um pensamento transfeminista interseccional propomos a urgência de devir-coletividades preservando as nossas subjetividades e relação desierarquizada entre estas. Construimos um universo que possibilita extrapolar, transcender a materialidade individual e corpórea, desfazendo a lingua(gem) colonizadora e binária, propondo discursos da língua a partir do seu gesto, ampliando as suas múltiplas possibilidades, num processo artístico e de vida sem fim. Na ação de Transmutar, Transitar, Transpirar, Transgredir, Transtornar… criando outros sentidos e abrindo espaços para o encontro com uma estética detravessianadireçãodefuturos(̶ın̶ ̶)imagináveisdeexpansãoexistencialnoaquieagora.


Jo Castro (1988, Porto).
Artista não-binárie transdisciplinar que desenvolve projetos entre a dança, a performance, a instalação, a voz e o som, tendo apresentado algumas das suas obras em Portugal, França, Bélgica, Alemanha e Brasil.
Com um universo criativo essencialmente autobiográfico, envolvendo questões como a morte, a destruição e a espectralidade que invadem a sua experiência pessoal e artística, as questões de género são também transversais ao seu percurso numa pesquisa de ume corpe que des(re)constrói a sua imagem e opera em estados ENTRE – no limiar das fronteiras do humano, sem género.
Dos seus projetos na área da dança/performance destaca “Perto… tanto quanto possível” (2014), “EVERLASTING” (2016), “SU8MARINO” (2017/18), “RITE OF DECAY” (2019/20), “and STILL we MOVE” (2021), “Darktraces” (2021) e “ D̶ iar̶ ̶kti r̶ ̶ac̶ e̶ ̶s:̶ on ghosts and spectral dances” (2022).
Tem o curso de intérprete profissional de dança pelo Balleteatro Escola Profissional (2003 a 2006), frequentou o Programa de Estudo, Pesquisa e Criação Coreográfica no Fórum Dança em Lisboa em 2008, recebeu uma bolsa de estudos do NEC em 2009, recebeu a bolsa para o programa DanceWeb em 2013, tirou um curso de produção de áudio na escola Bi-Motor em 2015, frequentou a pós-graduação de especialização em performance na FBAUP em 2016/17 e atualmente frequenta o curso profissional de música eletrónica e produção musical na Academia de Música do Porto. Nos últimos anos tem vindo a desenvolver alguns projetos em colaboração em cinema e vídeo-dança, tendo co- realizado a curta “Ø ILHA” (2020) com Cláudia Varejão, “Darktraces” (2021) com Miguel De e o filme “ D̶ iar̶ ̶kti ̶r̶ac̶ e̶ ̶s:̶ on ghosts and spectral dances” (2023) com João Catarino.
Atualmente desenvolve LABIA, um projeto de investigação transdisciplinar de natureza processual e transmutante.

APRESENTAÇÕES | 26.07.24 | LABIA + David Maranha e Manuel Mota + Agressive Girls

Música ao vivo na OSSO. Estes dois concertos serão transmitidos em FM 89.6 MHz (São Gregório e arredores) e streaming neste player.

18h | PERFORMANCE LABIA – Jo Castro, Lui L´Abbate e Rezmorah
LABIA é um projeto de investigação autobiográfico de carácter processual permanente, que nunca se fixa, mas que se transforma em cada momento e espaço que ocupa.
Partindo da não-binaridade como ação de desestabilização da própria identidade, LABIA propõe um encontro entre artistas multidisciplinares e transdisciplinares, que navegam entre mundos sem se encerrar em formas enraizadas de operar, numa coexistência e ressignificação das suas (res)(ex)istências.
Aliades a um pensamento transfeminista interseccional propomos a urgência de devir-coletividades preservando as nossas subjetividades e relação desierarquizada entre estas. Construimos um universo que possibilita extrapolar, transcender a materialidade individual e corpórea, desfazendo a lingua(gem) colonizadora e binária, propondo discursos da língua a partir do seu gesto, ampliando as suas múltiplas possibilidades, num processo artístico e de vida sem fim. Na ação de Transmutar, Transitar, Transpirar, Transgredir, Transtornar… criando outros sentidos e abrindo espaços para o encontro com uma estética detravessianadireçãodefuturos(̶ın̶ ̶)imagináveisdeexpansãoexistencialnoaquieagora.

21h | CONCERTO David Maranha e Manuel Mota

Manuel Mota – guitarra eléctrica
David Maranha – órgão eléctrico

Manuel Mota e David Maranha têm, ao longo dos últimos 25 anos, mantido uma colaboração permanente. Em duo, ou em colectivos como Osso Exótico, Curia ou com os Dru, em colaboração com músicos como Chris Corsano, Richard Youngs ou Z’EV, percorreram um caminho com uma forte base no drone experimental, o noise e o improviso que recentemente desembocou numa música eletrónica que ainda carrega de uma forma perceptível todo o caminho que percorreram.

22h | CONCERTO AGRESSIVE GIRLS

Agressive Girls, nova banda punk eletrónica de Dakoi e Diana XL, lança em 2024 o seu EP homónimo. Compactam em 7 faixas o pacto de sangue entre beats sujos e barulhentos e a voz crua e sentimental, encontram-se num cruzamento entre vivências emocionais e a música feita por computadores. Focam as suas emoções vividas a 200% no presente e trazem uma sonoridade de raiva queer lésbica, sem barreiras, sem medos e sem espaço para meio termo.
Gritam sobre as frustrações com o mundo e com quem as enfrenta, o namoro entre a vida e a morte que as deixa esfomeadas de viver. Com base nas sonoridades ouvidas em teenager, imortalizam os seus ideais e crescimento. Inspiradas em subgéneros do metal, dubstep e trap, misturam todas as referências numa desconstrução rasgante.
Acompanham a trajetória musical uma da outra desde o início das suas carreiras a solo, desta vez juntam-se para trabalhar num projeto que quer explorar a personalidade e referências musicais pós-teenager de cada.

#queerpunk #electronic #trap #ambient #hardcore #punk #lesbicore

APRESENTAÇÕES | 27.07.24 | GIL DELINDRO + MEDUSA unit

Música ao vivo na OSSO. Estes dois concertos serão transmitidos em FM 89.6 MHz (São Gregório e arredores) e streaming neste player.

20h | PERFORMANCE Gil Delindro
Gil Delindro (1989, Porto) É um artista Sonoro e Visual com amplo reconhecimento internacional. O seu processo de trabalho tem por base a pesquisa intensiva de campo: destacam-se: o deserto do Sahara (The Weight of Mountains, 2015), Floresta tropical Brazil (Resiliência, 2017), norte rural do Vietnam (Blind Signal, 2019), glaciar do Rhone (La Becque 2019), Vulcões de Auvergne (Intramuros 2020), Northumberland National Park ( VARC 2022).

Tem trabalho publicado em disco pela Tzadik (Nova Iorque), Sonoscopia (Porto) e Ausland (Berlim), entre outros.

delindro.com

21h | CONCERTO MEDUSA unit

ensemble de instrumentos acústicos, electrónica e objectos ressonantes

Alvaro Rosso — contrabaixo
André Hencleeday — órgão
Eleanor Picas — harpa
João Almeida — trompete e electrónica
Nuno Morão — percussão e harmónio
Ricardo Jacinto — violoncelo e electrónica, composição e direcção
Yaw Tembe — trompete e electrónica

A MEDUSA unit é um ensemble que dá continuidade ao projecto a solo (para violoncelo, electrónica e objectos ressonantes) que Ricardo Jacinto tem vindo a apresentar desde 2014. Este projecto incluiu o desenvolvimento de um dispositivo eletroacústico que, servindo-se de um sistema de amplificação com microfones distribuídos por diferentes pontos do violoncelo e de um sistema de difusão com vários altifalantes de contacto acoplados a objectos ressonantes, permitiu explorar a possibilidade de fragmentação e dispersão sónica das suas acções no corpo do instrumento, articulando a sua auscultação microscópica com paisagem sonora e a acústica do espaço circundante.

Com uma formação variável mas composta sempre por intérpretes-improvisadores, esta unit apresenta-se como uma continuação das premissas iniciais do projecto mas agora focada também nas possibilidades de hibridação de vários instrumentos acústicos através de um sistema electroacústico de interação ressonante, onde as interferências de sinal e redes de feedback são a base para uma música que procura interpretar as características específicas dos espaços de concerto, resultando numa música fortemente textural, com raízes no minimalismo e no espectralismo.


Nos intervalos das conversas e concertos será emitido o Arquivo Sonoro da OSSO. A OSSA conta com doações sonoras de membros do colectivo e de residentes da EIRA, apresentando-se como a pegada imaterial de nossas afinidades sónicas.


The fifteenth edition of the EIRA takes place from July 20 to 27, 2024, featuring the participation of professor and sound artist Diogo Tudela, who was in residence at OSSO with students from the New Media master’s program at the School of Arts of UCP, and will present several radio programs.
They Jo Castro, who has been in an extended creative residency at OSSO in recent weeks, with the artist Lui L’Abbate and Rezmorah will also present a program and discuss they universe of movement, together with members of they creative team.
We will also be able to listen to a conversation with, and a program by, Gil Delindro, a sound artist who was in residence at OSSO last June as part of this edition of EIRA.
The resident archive is the OSSA, the OSSO Sound Archive, which will explore previous editions of EIRA and other sonic achievements.
We close this EIRA program with two Open Days (at OSSO and at the São Gregório Hall), featuring a performance by Jo Castro,Lui L’Abbate and Rezmorah, concerts by David Maranha + Manuel Mota, the Agressive Girls, sound artist Gil Delindro, and the ensemble MEDUSA unit (Ricardo Jacinto, João Almeida, Yaw Tembe, André Hencleeday, Eleonor Picas, Alvaro Rosso, and Nuno Morão).

 

BROADCAST | July 25
6:15 PM | program by Gil Delindro (rerun) 62’

7:15 PM | conversation with Gil Delindro (rerun) 42’

8:00 PM | programs by Diogo Tudela block #6
– Eurodance Variations (Diogo Tudela, 2023, 8’)
– Reggaeton or a Haptic Lecture on Pressure to the North (Research Podcast), (Diogo Tudela, 2019-20, 39’)
– Tendency Mix for OSSO (Tiago Carneiro, 2024, 59’)

9:00 PM | OSSA archive block #6 (pieces from the OSSO archive broadcast throughout the program)
Told Landscape I-III (Eneida Tavares, EIRA 10, 25’)

In between of conversations and concerts, the OSSO Sound Archive will be broadcasted. OSSA relies on audio donations from members of the collective and residents of EIRA, presenting itself as the intangible footprint of our sonic affinities.