Potenciar sentidos: uma conversa entre Arte, Ciência e Filosofia
Ana Hatherly. Sem título, 1980 · Coleção da Caixa Geral de Depósitos · Fotografia: Teresa Santos / Pedro Tropa (pormenor)
Culturgest – Pequeno Auditório, 7 NOVEMBRO 2014
Curadoria Ana Pais e Beatriz Cantinho Organização Associação Cultural Osso Convidados Paulo Pereira (Vice-presidente da Fundação para a Ciência e Tecnologia e Professor da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra), Maria Filomena Molder (Professora Catedrática de Filosofia, Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa), Valério Romão (escritor)
A nossa forma de pensar, sentir e agir no mundo resulta de um contínuo processo de ajustamento e reajustamento de mecanismos fisiológicos, condicionantes culturais, discursos ideológicos e tradições filosóficas. Esse movimento constitui a nossa experiência vivida que, por sua vez, configura o nosso contacto com o mundo. Todas as formas de sentir, pensar e agir são modos de afetar e ser afetado.
As descobertas da neurociência (por exemplo, a plasticidade do cérebro) ampliaram exponencialmente as possibilidades de equacionar a relação entre biologia, filosofia e arte. Se a ciência nos oferece novas cartografias do corpo e do cérebro, a filosofia cria conceitos que permitem exercitar formas de compreender como se constitui o encontro com o mundo e a arte desafia esse encontro, potenciando formas de sentir e pensar a partir de experiências singulares. É neste cruzamento de saberes que podemos potenciar sentidos para pensar, sentir e agir.
Para início de conversa, cada convidado colocará uma questão aos outros participantes, encetando uma discussão aberta ao público.