Aceda aqui aos projectos radiofónicos desenvolvidos pelos artistas, investigadores e colectivos convidados para esta décima primeira edição da EIRA. Ouça também as suas conversas com membros da OSSO.


JULIUS GABRIEL

Julius Gabriel é um saxofonista cujo trabalho mergulha nas fronteiras e complexidades dos seus instrumentos. Ele explora a dinâmica interação entre corporeidade, acústica, transcendência e hipnose. A sua base musical está profundamente enraizada na improvisação, retirando inspiração de um espectro eclético de géneros, incluindo jazz, música folk, clássica, psicadélica, ruído, minimalismo, drone e música ambiente.
Como solista entusiasta, ele cultivou várias vertentes de performances a solo, continuamente aperfeiçoando o seu ofício. Nos seus concertos acústicos a solo, ele mergulha de forma meditativa nas dimensões espaciais únicas e nas ressonâncias de cada espaço de atuação. Alternativamente, ele cria paisagens sonoras extraterrenas através de manipulação eletrónica e loops de delay, cativando audiências com volumes físicos. Ele também transforma o saxofone num instrumento percussivo, capturando meticulosamente os sons mecânicos e elevando-os para o primeiro plano, assemelhando-se a uma máquina de percussão ou a um ensemble de percussão. A odisseia musical de Julius Gabriel é exemplificada em vários álbuns a solo, testemunho da sua abordagem versátil e inovadora.
Como colaborador, co-fundou o duo hipnotizante Paisiel com o escultor sonoro e percussionista João Pais Filipe, o grupo de jazz sombrio e errante Ikizukuri com Gustavo Costa e Gonçalo Almeida, recentemente reforçado por Susana Santos Silva no trompete, o grupo avant-garde agitacional Das Behälter, o quarteto de jazz psicadélico e ruído Blutiger Jupiter e o duo de sopros About Angels and Animals. Ele foi membro do coletivo de beats utópicos, krautrock, jazz trance e ruído The Dorf, liderado por Jan Klare. Ele é membro da Barry Guy Blue Shroud Band, que reúne 14 músicos com diversas competências e origens na música barroca, jazz, música folk, música clássica contemporânea e improvisação livre, e tocou com a London Jazz Composers Orchestra sob a direção de Guy.
Nascido e criado em Berlim Oriental, ele iniciou a sua educação musical em escolas públicas de música, enriquecida pela cultura de clubes underground. Completou uma licenciatura em Artes de Jazz na Folkwang University of the Arts em Essen, com cursos adicionais no Institute for Computer Music and Electronic Media e participação em projetos de ensemble de Nova Música. Recebeu uma bolsa de estudo no estrangeiro para o Porto, Portugal, e foi artista residente no Indian Music Experience Museum em Bangalore, Índia.

COMPANHIA CAÓTICA

Fundada em 2009 por António-Pedro e Caroline Bergeron, a Companhia Caótica, tem criado regularmente espetáculos para público jovem/famílias e também adultos, encomendados pelo Centro Cultural de Belém, Fundação Calouste Gulbenkian, Museu da Marioneta, Festival Indie- Lisboa e Festival Temps D’Images, EGEAC,… Participou nos festivais Spectacles en Recommandé, MOMIX – Festival International Jeune Public (onde obteve o prémio do melhor espectáculo MOMIX 2014 com “Sopa Nuvem”), Ourceánie, La Petite Roulotte, A Pas Contés, Le Chainon Manquant (França), Rompiendo el cascaron (Espanha), Big Bang e Dias da Música
(CCB), Festival TODOS, Sementes, Rádio Faneca (Ílhavo), Cidade Preocupada (Montemor-o-Novo), Altitudes (Montemuro), Festival de Marionetas de Montemor-o-Novo e CCB Fora de Si. Desde a sua criação a Caótica produziu 20 criações artísticas pluridisciplinares: filme-concertos, teatro de marionetas, teatro para bébés, concertos, documentários-sonoros, teatro; e 12 ateliers/oficinas de música, cinema, escrita dramatúrgica, teatro de sombras e formação artística de professores, apresentando-se em centros culturais em Portugal, França, Suiça, Itália, Bélgica, Espanha, Brasil e Macau.
Criadores de um universo tão reconhecível quanto imprevisível – onde entrelaçam humor com poesia e ficção com realidade – António e Caroline partem muitas vezes das suas vidas para a vida dos espetadores, criando objetos artísticos que são veículos para uma verdadeira partilha. O objetivo da Caótica é provocar uma resposta do espetador, tocar nas memórias coletivas e individuais, incentivando o pensamento livre e criando neste processo uma forte interdependência entre público e obra.
Caótica vem do caos, o início do mundo onde tudo estava junto e presente. Seja para crianças, famílias ou adultos, os objectos artísticos caóticos são quase sempre híbridos, pluridisciplinares que resultam do cruzamento de várias artes: Teatro, Música, Cinema, Artes Plásticas.
A Companhia tem como um dos seus objetivos a circulação o mais alargada possível das suas produções, “Sopa Nuvem” continua a circular desde 2011 e já
foi visto por 15 mil espetadores em mais de 100 apresentações. Para além dos seus diretores artísticos a Caótica acolheu Margarida Mestre como artista convidada 2014 e colabora regularmente com outros criadores e artistas. Estreou-se na produção audiovisual com “Pequeno Grande C” (2014) para a Fundação Calouste Gulbenkian, ao qual se seguiu o videoclip “Truz truz”, para o audio-livro “Poemas para Bocas Pequenas”. Em 2015 a Companhia inaugurou o Festival Caótica, em Loulé, bem como o Encontro Internacional – Criação para a Infância, onde procura refletir em conjunto sobre a criação, programação e circulação de espetáculos para a infância.

CONCERTOS | 14.10.23 | TERESACOMCERTEZA & UMGRANDEFILHODAMÃE + JOANA GUERRA + JULIUS GABRIEL

Música ao vivo na OSSO. Estes dois concertos serão transmitidos em FM 89.6 MHz (São Gregório e arredores) e streaming neste player.


TeresaComCerteza & UmGrandeFilhoDaMãe | 18h00

Tomás Marreiros (UmGrandeFilhoDaMãe), nascido a 20/04/1998, reside em Pombal, Leiria. Tirou o curso de Artes Visuais na Escola Secundária de Pombal. Foi atleta de alta competição de Atletismo, na modalidade de salto com vara, tendo competido pelo Atlético Clube de Vermoil e pelo Sporting Clube de Braga.
As artes sempre o fascinaram e o modo de como as pode trabalhar de infinitas formas sem qualquer tipo de regras. Mudou-se para as Caldas da Rainha em 2018 para tirar uma licenciatura em Som e Imagem, na Escola Superior de Artes e Design, tendo prosseguido os seus estudos para o Mestrado em Artes do Som e da Imagem, em 2021, estando atualmente a acabá-lo.
Durante o seu percurso académico, os seus gostos foram-se moldando. Hoje, trabalha essencialmente com som.
Amante de sons amplificados, procura criar ambientes imersivos e distorcidos, que oscilam entre o concreto e o abstrato, ainda que tenha também, gosto pela concretização de narrativas visuais e de cenários onde possa explorar a arte performativa.

Teresa Sampaio (TeresaComCerteza), nasceu em Leiria em 1997. Em 2020 concluiu a
Licenciatura em Som e Imagem na ESAD.Cr. Utiliza os media como uma forma de expressão de
realidades não perceptíveis, de forma a criar ambientes imersivos e desconhecidos ao
espectador. A exploração de espectros não acessíveis ao ser humano através da microscópia e
de frequências eletromagnéticas é a área de incidência do seu trabalho neste momento.


Joana Guerra | 21h00

Joana Guerra, violoncelista, cantora e compositora, nascida em Lisboa em 1983. Depois da sua formação académica no violoncelo, ruma, em 2009, à procura de novas e outras sonoridades que fossem ao encontro de uma linguagem mais pessoal e da sua vontade de experimentação musical. Desde então, edita três discos do seu projeto a solo, apresentando-o em importantes palcos e festivais nacionais, assim como além fronteiras: Espanha, França, Bélgica, Alemanha, Holanda, Brasil, São Tomé e Príncipe.
Colabora intensivamente em projetos de música experimental e de livre improvisação: trio Bande à Part; dueto com Gil Dionísio; The Alvaret Ensemble; o grupo de spoken word Tapete; Preto Mate; Lantana; o projeto audiovisual Concon; o ensemble inspirado na obra “Tratado de Cardew”, de Cornelius Cardew; Asimov. Além de muitas outras colaborações com Joelle Léandre, Surma, Mark Alban Lotz, Helena Espvall, Mia Distonia, Yaw Tembe, Tiago Sousa, Mathilda, Scout Nibblet, João Ferro Martins.
Joana Guerra movimenta-se em diversos contextos artísticos, enquanto compositora e performer: dança com Madalena Victorino (Lis-Bú, 2014, Estação Terminal, 2016, Eva Poro, 2019), Marina Nabais (Na Ausência da minha pele, 2017), Clara Andermatt (Parece que o mundo, 2018); cinema de João Botelho (Os Campos em Volta, 2015) ; teatro com a Companhia João Garcia Miguel (Nós Matámos o Cão Tinhoso, 2016, Romeu e Julieta, 2017).


Julius Gabriel | 22h00

Julius Gabriel é um saxofonista cujo trabalho mergulha nas fronteiras e complexidades dos seus instrumentos. Ele explora a dinâmica interação entre corporeidade, acústica, transcendência e hipnose. A sua base musical está profundamente enraizada na improvisação, retirando inspiração de um espectro eclético de géneros, incluindo jazz, música folk, clássica, psicadélica, ruído, minimalismo, drone e música ambiente.
Como solista entusiasta, ele cultivou várias vertentes de performances a solo, continuamente aperfeiçoando o seu ofício. Nos seus concertos acústicos a solo, ele mergulha de forma meditativa nas dimensões espaciais únicas e nas ressonâncias de cada espaço de atuação. Alternativamente, ele cria paisagens sonoras extraterrenas através de manipulação eletrónica e loops de delay, cativando audiências com volumes físicos. Ele também transforma o saxofone num instrumento percussivo, capturando meticulosamente os sons mecânicos e elevando-os para o primeiro plano, assemelhando-se a uma máquina de percussão ou a um ensemble de percussão. A odisseia musical de Julius Gabriel é exemplificada em vários álbuns a solo, testemunho da sua abordagem versátil e inovadora.
Como colaborador, co-fundou o duo hipnotizante Paisiel com o escultor sonoro e percussionista João Pais Filipe, o grupo de jazz sombrio e errante Ikizukuri com Gustavo Costa e Gonçalo Almeida, recentemente reforçado por Susana Santos Silva no trompete, o grupo avant-garde agitacional Das Behälter, o quarteto de jazz psicadélico e ruído Blutiger Jupiter e o duo de sopros About Angels and Animals. Ele foi membro do coletivo de beats utópicos, krautrock, jazz trance e ruído The Dorf, liderado por Jan Klare. Ele é membro da Barry Guy Blue Shroud Band, que reúne 14 músicos com diversas competências e origens na música barroca, jazz, música folk, música clássica contemporânea e improvisação livre, e tocou com a London Jazz Composers Orchestra sob a direção de Guy.
Nascido e criado em Berlim Oriental, ele iniciou a sua educação musical em escolas públicas de música, enriquecida pela cultura de clubes underground. Completou uma licenciatura em Artes de Jazz na Folkwang University of the Arts em Essen, com cursos adicionais no Institute for Computer Music and Electronic Media e participação em projetos de ensemble de Nova Música. Recebeu uma bolsa de estudo no estrangeiro para o Porto, Portugal, e foi artista residente no Indian Music Experience Museum em Bangalore, Índia.

Nos intervalos das conversas e concertos será emitido o Arquivo Sonoro da OSSO. A OSSA conta com doações sonoras de membros do colectivo e de residentes da EIRA, apresentando-se como a pegada imaterial de nossas afinidades sónicas.