Aceda aqui aos projectos radiofónicos desenvolvidos pelos artistas, investigadores e colectivos convidados para esta décima edição da EIRA. Ouça também as suas conversas com membros da OSSO.


TOMÁS CUNHA FERREIRA

Tomás Cunha Ferreira
O trabalho de Tomás Cunha Ferreira (Lisboa, 1973) combina vários suportes, numa prática em circuito aberto e transfronteiriça – cada trabalho assume-se como protótipo que pode tomar diversas formas, funcionando como possível partitura, notação, poema visual, emblema, padrão, pintura, entre outros. Nessa medida, cada trabalho resulta numa figura híbrida condensada, cuja leitura está em constante transição entre elementos visuais e elementos rítmicos ou sonoros.
Num texto de 1965, ‘Between Poetry And Painting’, o monge beneditino e poeta Dom Sylvester Houédard utiliza, para se referir de um modo mais amplo à palavra e à pintura, os termos logos e ícone. Percorrendo uma cronologia histórica das relações entre logos e ícone, desde os artefactos primitivos até aos anos de 1960, Dom Sylvester Houédard propõe termos como ‘quasepintura’, ‘quasepalavra’, ou mesmo ‘quaseletra’, que servem como ganchos programáticos abertos e em permanente redefinição. A proposição destes termos compósitos é programática, e as suas premissas procuram abalar a natureza e a existência das palavras e da pintura enquanto matérias estanques, propondo zonas de circulação livre e de não-separação entre texto e imagem, entre poesia e pintura, entre logos e ícone. Como irmãos separados à nascença, logos e ícone são resgatados através desta enviesada árvore genealógica elaborada por Houédard.
Tomás Cunha Ferreira vive e trabalha em Lisboa.

mais info:
http://tomas-cunha-ferreira.blogspot.com/
https://tomascunhaferreira.bandcamp.com/album/vai-come-ar

BOCA palavras que alimentam

Uma história da BOCA
Breve história sonora de uma editora que nasceu há 17 anos para fazer audiolivros e que entretanto se apaixonou pelo trabalho com o som e com os livros. Gosta de trabalhar a diversidade dos registos literários e dos formatos sonoros, valorizando tanto a literatura tradicional como os textos de autor, a poesia popular como o poetry slam ou a poesia experimental, a narração oral como o teatro, o romance ou a crónica. Diverte-se especialmente a fazer edições para crianças (de todas as idades) e sempre que pode mistura ciências e artes, pisando terrenos extra-literários e extra-sonoros. Também faz programação cultural e produção externa de livros, audiolivros e uma variedade de formatos sonoros.


BOCA – palavras que alimentam é uma editora e produtora a trabalhar desde 2006 na criação de livros e audiolivros, recursos educativos e um amplo leque de formatos sonoros (do audioguia à instalação sonora ou ao podcast). Faz também programação cultural na área da rádio e da leitura em voz alta/escuta partilhada.

mais info: https://www.boca.pt/

ENEIDA LOMBE TAVARES


Foto: Mariana Lopes

A artista Eneida Lombe Tavares partilha connosco, em três momentos de emissão, um programa a que chamou Paisagem Contada, um documento sobre memória familiar e territorial.


Eneida Lombe Tavares (Barreiro, PT) fez o seu mestrado em Design de Produto na ESAD.CR (2014).
Actualmente trabalha no seu atelier nas Caldas da Rainha
Entretanto formou o Estúdio Mulato com Jorge Carreira.

É também curadora e lava pratos na Associação DOC.

mais info: https://eneidatavares.pt/

CONCERTOS | 17.06.23 | Sê tu tudo e Tomás Cunha Ferreira

Música ao vivo na OSSO. Estes dois concertos serão transmitidos em FM 89.6 MHz (São Gregório e arredores) e streaming neste player.


SÊ TU TODO | 18h00

Não digas nada que tu creias / fala como a cigarra canta / nada iguala o ser o som pequeno entre os rumores / com que este mundo encanta / a vida é terra e o vive-la é lodo / tudo é maneira, diferença ou modo / em tudo quanto faças sê só tu / em tudo quanto faças sê tudo todo.

Jozé Sabugo — adufe, reco-reco, declamação e objetos
André Fausto — voz e guitarra acústica
Sunil Pariyar — flauta, djembê e adufe


Sê tu todo
Começou com o encontro de 2 açorianos em Sintra. Depois vieram músicos de vários lados do mundo e poetas, acrobatas, técnicos, desenhos, sons, rostos, sons, momentos, encontros. 
​Passámos por lugares tão diferentes como a Galeria de Arte Diferença, Sociedade União Sintrense, Auditório Municipal António Silva – Teatro Mosca, Casa de Saúde do Telhal, Fórum Liberdade e Pensamento Crítico, Lagoa Azul, Cooperativa Quinta dos 7 Nomes, Clube Recreativo Praia das Maçãs, Casa de Teatro de Sintra e Estabelecimento Prisional de Lisboa. E em todos houve alguém que quebrou a linha entre o palco e o público. E recebemos presentes em forma de canto, movimento, poema.
Palavras novas que se juntaram em partilha às que trazemos connosco.
Poesia tradicional popular portuguesa e nepalesa, Fernando Pessoa, Maria Almira Medina e Ibn Mudéjar.

mais info: setutodo.weebly.com


TOMÁS CUNHA FERREIRA | 21h00

Tomás Cunha Ferreira
O trabalho de Tomás Cunha Ferreira (Lisboa, 1973) combina vários suportes, numa prática em circuito aberto e transfronteiriça – cada trabalho assume-se como protótipo que pode tomar diversas formas, funcionando como possível partitura, notação, poema visual, emblema, padrão, pintura, entre outros. Nessa medida, cada trabalho resulta numa figura híbrida condensada, cuja leitura está em constante transição entre elementos visuais e elementos rítmicos ou sonoros.
Num texto de 1965, ‘Between Poetry And Painting’, o monge beneditino e poeta Dom Sylvester Houédard utiliza, para se referir de um modo mais amplo à palavra e à pintura, os termos logos e ícone. Percorrendo uma cronologia histórica das relações entre logos e ícone, desde os artefactos primitivos até aos anos de 1960, Dom Sylvester Houédard propõe termos como ‘quasepintura’, ‘quasepalavra’, ou mesmo ‘quaseletra’, que servem como ganchos programáticos abertos e em permanente redefinição. A proposição destes termos compósitos é programática, e as suas premissas procuram abalar a natureza e a existência das palavras e da pintura enquanto matérias estanques, propondo zonas de circulação livre e de não-separação entre texto e imagem, entre poesia e pintura, entre logos e ícone. Como irmãos separados à nascença, logos e ícone são resgatados através desta enviesada árvore genealógica elaborada por Houédard.
Tomás Cunha Ferreira vive e trabalha em Lisboa.

mais info:
http://tomas-cunha-ferreira.blogspot.com/
https://tomascunhaferreira.bandcamp.com/album/vai-come-ar

CONVERSAS

Rita Thomaz e Liliana Ferreira à conversa com Esperança Alves
áudio brevemente disponível

Ricardo Jacinto, Rita Thomaz e Nuno Morão à conversa com Sara Mealha, Francisca Carvalho e Tomás Cunha Ferreira
áudio brevemente disponível