Territórios Expansivos
O conceito de Território é multifacetado e ambíguo. Está relacionado com noções de espaço e lugar, identidade e comunidade, domínio e controle. Pode referir-se a uma superfície terrestre, mas também a áreas de conhecimento, actividade ou experiência.
Um território nunca é neutro nem está vazio. Opera como base, fundação, espaço para agirmos e deambularmos, mas também como um domínio ou lugar específico no qual padrões humanos e físicos se entrecruzam, perspectivas únicas são desenhadas, e comunidades singulares emergem, habitam e podem estar em conflito. Territórios são também construções sociais, produtos de agência que englobam espaços físicos, virtuais, sociais, políticos, experienciais e afetivos, que por sua vez formam identidades, geram valores, produzem significado e formas de estar, modos de viver.
Um território nunca é estático ou fixo, ele intercepta outros territórios e alimenta-se das transgressões das suas fronteiras ou limites, bem como das suas interferências geográficas, políticas e ecológicas. As margens são, também elas, territórios, espaços onde diferenças entram em contacto, diálogo e troca. Estão em permanente transformação, expansão e contração, gerando novas dimensões territoriais de convergência, conversão ou conflito.
Propomos a ideia de Territórios Expansivos entendendo expansão como um processo de movimento perpétuo – físico, social, político e conceptual. Através de movimentos exploratórios e erráticos, diferentes territórios são sobrepostos, fundem-se, interagem, são reconfigurados e reinventados. Derivando do “campo expandido” de Krauss – noção que se expandiu ela própria por quase todas as disciplinas artísticas – a ideia de Territórios Expansivos, procura ganhar terreno em direção a processos artísticos regenerativos, ativos e sustentados, como forma de resistir a qualquer formalização que interrompa as suas transformações.
Sob o tema de Territórios Expansivos, promovemos e desenvolvemos projetos que se relacionam com as dimensões físicas, naturais, culturais e metafóricas do território. Pretendemos assim, expandir o seu campo de ação, experimentando articulações fluidas entre diferentes disciplinas.
As residências de investigação são uma parte vital do projeto da OSSO, um programa mais amplo que envolve uma variedade de atividades artísticas em conjunto com parceiros locais, nacionais e internacionais. Através das residências de investigação, pretendemos proporcionar um espaço que estimule investigadores de todas as práticas artísticas a refletir e desenvolver trabalhos relacionados com o tema proposto.
Juri Open Call 2020:
– Raquel Castro (CICANT – Centro de Investigação em Comunicação Aplicada, Cultura e Novas Tecnologias, Universidade Lusófona / Lisboa Soa / Invisible Places)
– Pedro Rebelo (SARC – Sonic Arts Research Centre, Queen’s University Belfast)
– OSSO Colectivo: Diogo Alvim (CESEM – Centro de Estudos de Sociologia Estética Musical) e Matilde Meireles (SARC – Sonic Arts Research Centre, Queen’s University Belfast)
Artistas investigadores Residentes:
Beatriz Cantinho e Túlio Rosa
Claudio de Pina
Teresa Luzio
Victoria Lucas
Viviana González Méndez
Projecto de criação de Matilde Meireles e Diogo Alvim – mais informação.
Apresentações | Concerto:
– Festival Lisboa Soa | Panteão Nacional, Lisboa (Portugal), 26.06.2020
(Colaboração com o projecto de investigação “Sounds Of Tourism” – NOVA FCSH – INET-md)
– Projecto Osso Colectivo ‘Invasor Abstracto #1’ | Convento São Francisco, Coimbra (Portugal), 24.1.2020
– Dia Aberto Osso #3 | Estúdios Osso | 25.01.2020
– Old School #38 | Escola das Gaivotas, Lisboa (Portugal), 17.10.2015
Apresentações | Instalação:
– Projecto Osso Colectivo ‘Invasor Abstracto #1’ | Convento São Francisco, Coimbra (Portugal), 30.11.2019/22.03.2020
Projecto de criação de Ricardo Jacinto – mais informação.
Apresentações | Concertos – Instalação:
– ‘MEDUSA’, Museu como performance 2017 | Museu de Serralves, Porto (Portugal), 09.09.2017
– ‘Reflexo’, Public Art Circuit, Festival Walk and Talk | Coreto no Campo de São Francisco, São Miguel (Arquipélago dos Açores, Portugal), 14.07.17/29.07.2017
– ‘La Halle’, Performance day 2017 | Ferme du Buisson, Paris (França), 03.06.2017
– ‘Segmentos’, Francisco Fino Art Projects | Galeria Vera Appleton, Lisboa (Portugal), 13.11.2014/06.12.2014
– ‘Explodido’, Da Fábrica que Desvanece à Beira Tejo | Parque Industrial da Antiga CUF, Barreiro (Portugal) 13.09.14/11.10.14
– ‘Casca’, Laboratório de Curadoria | Colégio das Artes de Coimbra, Coimbra (Portugal), 27.06.14/26.09.14
Apresentações | Concertos – Solo:
– Exposição Viagem ao Invisível | Teatro Thalia, Lisboa (Portugal), 31.08.2017
– Trienal de Arquitectura, Lisboa (Portugal) 16.09.2017
– Museu Vostell, Malpartida, Cáceres (Espanha) 15.09.2016
– Convento São Francisco, Coimbra (Portugal), 24.09.2016
– Sonoscopia, Porto (Portugal), 29.01.2016
– CAAA – Centro para os Assuntos da Arte e Arquitectura, Guimarães (Portugal), 30.01.2016
– Festival Cidade preocupada | Oficinas do Convento, Montemor-o-Novo (Portugal), 16.07.2016
– Anozero Bienal de Arte Contemporânea de Coimbra | Salão Brazil, Coimbra (Portugal), 13.11.2015
– Open House Belfast Festival | Fanun House, Belfast (Irlanda), 18.07.2015
– The Guesthouse, Cork (Irlanda), 21.07.2015
Apresentações | Conferências:
– ‘A Arquitectura dos Artistas’ – Conferência e exposição | Museu Júlio Pomar, Lisboa (Portugal) 18.09.2017
– ‘333 partes e 37 segundos – Conferência: “Extreme Music Hearing and Nothingness” | Universidade da Dinamarca do sul (SDU), Odense (Dinamarca), 01.12.2016
Projecto de criação de Nuno Torres – mais informação.
Apresentações:
– LAMBDA: Mostra de Ondas Sonoras e Visuais | Céu de Vidro – Parque D Carlos I, Caldas da Rainha (Portugal) 15.12.20/18.12.20
– Projecto OSSO Colectivo ‘Invasor Abstracto #2’ | Galeria municipal de Montemor-o-Novo, Montemor o Novo (Portugal), 30.10.20/13.11.20