Aceda aqui aos projectos radiofónicos desenvolvidos pelos artistas, investigadores e colectivos convidados para esta terceira edição da EIRA. Ouça também as suas conversas com membros da OSSO.
Alunos de Artes Sonoras, Curso de Som e Imagem – ESAD-CR IPLEIRIA
No contexto da cadeira de Artes Sonoras do 3º ano do curso de Som e Imagem da ESAD das Caldas da Rainha, foi proposto aos alunos criarem uma peça sonora de 6 minutos para a plataforma Eira. Nesta cadeira os alunos desenvolvem vários trabalhos relacionados com as Artes Sonoras, como exercícios de escuta, caminhadas sonoras, composições acusmáticas e projectos de instalações sonoras. Para este trabalho foi pedido aos alunos que pensassem uma peça especificamente para a radio enquanto dispositivo de transmissão sonora (FM e Online) com emissão programada.
Afonso Correia
Alexandre Pereira
Almos Fekete
André Sá
Bruno Gama
Catarina Colaço
Gonçalo Maurício
Gonçalo Oliveira
Inês França
João Amélio
João Aranha
João Duarte
Leonardo Inverno
Licínio Santos
Márcio Pereira
Mariana Sendim
Matilde Fernandes
Miguel Bastos
Miguel Lança
Nuno Coelho
Pedro Coutinho
Ricardo Zambujo
Tomás Marreiros
“Arquivo Atlântico”
Arquivo Atlântico é um projeto de investigação que propõe pensar a colonialidade a partir da elaboração de um arquivo, um conjunto de textos, imagens, relatos e gestos que tem o potencial de informar e problematizar o presente.
Historicamente, o oceano Atlântico tem sido ponto de convergência entre diferentes lugares, universos e práticas, atravessados por uma história comum de violência e colonização, mas também de intercâmbio e invenção. O Atlântico opera simultaneamente como conceito político e território cultural, um espaço de cruzamentos e travessias que informa e forma identidades múltiplas.
Num primeiro ciclo, o projeto assume a forma de um ensaio literário, e relata experiências entre Portugal, Brasil e Angola, evocando múltiplas formas em que a memória do processo colonial atravessa e determina o presente. Aqui, o Atlântico serve como ponto de partida e marco conceptual para invenção de um território especulativo.
Como pensar o território para além das lógicas do estado-nação, das fronteiras desenhadas em linha reta, ou categorias fixas de pertencimento? Como pensar o agenciamento de suas diferentes matérias e práticas de identificação para além de lógicas binárias? Ou ainda, seguindo a pista de Denise Ferreira da Silva, como podemos observar a diferença e a singularidade dessas matérias arquivísticas sem produzir separabilidades?
Um projeto de investigação de Beatriz Cantinho e Túlio Rosa, desenvolvido no contexto das residências de investigação da Osso Coletivo, e conta com apoio da Hosek Contemporary e da Mala Voadora, e a colaboração de Talma Salem e Juan Valente.
O projeto é também parte da pesquisa desenvolvida por Túlio Rosa no contexto do programa de pós graduação a.pass {advanced performance and scenography studies}.
Beatriz Cantinho e Túlio Rosa (parte 1)
Beatriz Cantinho e Túlio Rosa (parte 2)
Beatriz Cantinho é Doutorada em Dança e Filosofia pela Universidade de Edimburgo. Coreógrafa independente e investigadora nos laboratórios do CHAIA – Universidade de Évora e CIAC – Universidade do Algarve. O seu trabalho de há uns anos a esta parte, centra-se numa análise crítica do movimento de dimensão estético/política, considerado enquanto prática coreográfica expandida, que serve de suporte à sua investigação e criação artística.
Túlio Rosa é coreógrafo e pesquisador vinculado ao programa de pós graduação e investigação artística a.pass {advanced performance and scenography studies}. Seu trabalho orienta-se por questões relativas ao corpo e a imagem na contemporaneidade, e seu status em relação ao nosso imaginário político e social. www.tuliorosa.com
Papel perfurado para fio de bordado
Os Bordados das Caldas são de difícil datação mas, dada a sua denominação (Bordados das Caldas da Rainha ou da Rainha Dona Leonor), pensa-se que recuem ao tempo em que a rainha Dona Leonor, esposa de D. João II, administrava o seu hospital. Nos tempos livres, equaciona-se que, em conjunto com as suas aias, realizasse lindos trabalhos bordados, com hipotéticas influências indiana, espanhola ou veneziana. Acredita-se também que a rainha Dona Leonor dirigia “Serões de Agulha” onde senhoras da região acorriam para aprenderem a arte de bordar.
O cartão perfurado foi inventado por Joseph-Marie Jacquard em 1801, como projeto inicial de um “tear” automatizado. É um cartão que, pela presença ou ausência de furos em posições predefinidas, representa informação, sendo considerado o precursor da memória dos computadores.
Estas foram as referências usadas para a criação da oficina pensada para os utentes da IPSS de São Gregório que, provavelmente, devido às restrições atuais e por questões de proteção individual, será realizada em casa. Por isso, foi pensada para ser fácil de realizar e com o propósito de ser um exercício relaxante. Com o papel que será perfurado e o fio de bordado pode criar-se um cartão harmonioso para ser pendurado ou para ser oferecido a alguém especial.
Conversa de Nuno Torres e Ricardo Jacinto com Carla Castiajo | 02.12.2020
Carla Castiajo Carla Castiajo licenciou-se em Arte e Design, em 2003, na ESAD, Matosinhos, Portugal. Concluiu o mestrado em Belas-Artes, em 2006, na Konstfack, Estocolmo, Suécia. Finalizou o doutoramento, em 2016, na Estonian Academy of Arts, Tallinn, Estónia. O tema da sua pesquisa artística foi Purity or Promiscuity? Exploring Hair as a Raw Material in Jewellery and Art. Lecionou em diversas universidades em diferentes países, como a Beaconhouse National University, Paquistão, a Oakham School, Oakham, Inglaterra, a ESAD, Matosinhos, Portugal, a Estonian Academy of Arts, Tallinn, Estónia, e a Academy of Fine Arts and Design, Bratislava, Eslováquia.
O seu trabalho tem sido apresentado em diversas exposições em diferentes países.
Carla Castiajo cruza no seu trabalho as áreas de arte e joalharia.
+ info: https://carlacastiajo.wordpress.com/
Este projecto concerne a realização dos estudos de órgão de György Ligeti (1923-2006), Harmonies (1967) e Coulée (1969) através de programação em computador. Tem como objectivo simular o espaço reverberante de uma igreja e o som de um órgão de tubos. As obras indicadas usam técnicas expandidas, pouco usuais neste instrumento. Desta forma é expandida a capacidade sonora do instrumento que o público desconhece.
Entende-se que o objectivo final de Ligeti seria o de produzir uma nova gama de sons. Ligeti convida o intérprete a ser inventivo e a procurar soluções. Em suma, a devida interpretação destes estudos de órgão requerem uma investigação artística, possível de ser recriada em computador.
Ao usar programação em computador é possível relocalizar a reverberação de uma igreja noutro espaço, recorrendo a vários altifalantes. Com convolução de impulsos de resposta consegue-se emular a reverberação onde usualmente residem estes instrumentos. No que concerne ao som produzido pelo instrumento, recorre-se a técnica de digitalização das mencionadas técnicas expandidas e a sua posterior manipulação. Desta forma desmonta-se o instrumento e a sua acústica, tornando possível remontá-lo noutro local, expondo estas obras em locais sem reverberação e instrumento. Esta abordagem tem ramificações com a música acusmática. A recriação por computador destes estudos desembocam numa interligação com as peças electrónicas de Ligeti, Glissandi (1957) e Artikulation (1958).
Conversa de Matilde Meireles e Diogo Alvim com Cláudio de Pina
Cláudio de Pina,Organista, improvisador e compositor. Investigador no GIMC/CESEM. Organista titular do órgão histórico da Paroquial da Ajuda. Estudou no Instituto Gregoriano de Lisboa, Hot Jazz Clube e Engenharia Física (FCUL). Estudou com Annette Vande Gorne, Gilles Gobeil, Trevor Wishart, Hans Tutschku, Jaime Reis, Åke Parmerud, Adrian Moore, Eurico Carrapatoso e César Viana. Mestre em Artes Musicais (FCSH). Candidato a doutoramento em Artes Musicais na área do órgão e música electroacústica (ESML/FCSH). O seu domínio de actuação científica centra-se em; análise musical, composição, música electroacústica, acústica, síntese sonora, órgão e interpretação. Seu trabalho artístico já foi premiado, editado e publicado a nível global.
Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, Universidade de Lisboa (ESML/FCSH)
https://claudiodepina.weebly.com/
O Fado Bicha vai ocupar uma emissão da EIRA e tentar criar uma representação sonora de uma possível realidade queer no Portugal do século XXI, principalmente através da música mas também com poesia, histórias e referências pessoais e uma entrevista a uma pessoa convidada.
Conversa de Nuno Torres e Ricardo Jacinto com Fado Bicha (Lila Esteves e João Caçador) | 03.12.2020
Emissão em directo dos Fado Bicha | 11.02.2020
O Fado Bicha é um projecto musical e activista criado e desenvolvido por Lila Fadista, na voz e letras, e João Caçador, nos instrumentos e arranjos. No palco, permitem-se uma exploração inédita dentro do universo do fado, ultrapassando as barreiras de género rígidas do fado tradicional e criando narrativas para temas que não tinham ainda expressão. O projecto assume-se de intervenção, começando na representatividade da comunidade LGBTI, e adensando-se pelos temas que abordamos e as posições em que nos colocamos, falando sobre género, colonialismo, racismo, feminismo e direitos dos animais, por exemplo. O que trazemos é basicamente uma subversão da regra heteronormativa, muito forte no meio do fado tradicional, e na sociedade portuguesa em geral, reclamando o direito de nos apropriarmos de um património que é nosso também e de o explorarmos de acordo com as nossas identidades e experiências, o que, no fundo, é a base de qualquer processo artístico, seja ele encarado como subversivo ou não.
+ info: https://www.youtube.com/watch?v=OGEcDeg81zE
Sendo essencialmente um colectivo que se dedica à programação cultural, o Grémio vê nesta residência a oportunidade de criação de projectos sonoros inspirados no trabalho, colaborações e afinidades que desenvolveu até agora.
Para a terceira edição da EIRA o colectivo irá apresentar uma nova programação, com a transmissão em diferido dos concertos gravados para a EIRA #3, Simorgh (de João Lobo, com Norberto Lobo e Soet Kempeneer) e do quinteto com João Almeida, Álvaro Rosso, João Valinho, Marcelo Dos Reis e Albert Cirera, e em direto os concertos de Chão Maior, Joana Guerra e Peter Gabriel Duo, inseridos na programação do Lambda – Mostra de Ondas Sonoras e Visuais, com emissões a partir da Igreja do Espírito Santo e do Centro de Artes das Caldas da Rainha. A grelha completa-se com os concertos gravados nas edições anteriores da EIRA e outros momentos que fazem parte do arquivo do Grémio.
Concerto Simorgh, gravado a 28.10.2020, na Igreja do Espírito Santo, Caldas da Rainha
Concerto João Almeida, Álvaro Rosso, João Valinho, Marcelo dos Reis e Albert Cirera, gravado a 14.11.2020, na Igreja do Espírito Santo, Caldas da Rainha
Concerto Chão Maior, emitido em directo a 16.11.2020, no Museu António Duarte, Caldas da Rainha
Concerto Peter Gabriel Duo, emitido em directo a 16.11.2020, na Igreja do Espírito Santo, Caldas da Rainha
Concerto Joana Guerra, emitido em directo a 16.11.2020, no Museu António Duarte, Caldas da Rainha
O Grémio Caldense é uma associação sediada nas Caldas da Rainha, que se dedica à programação cultural de natureza artística. A funcionar desde Maio de 2015, o coletivo organizou até ao momento cerca de uma centena e meia de eventos de carácter essencialmente alternativo, diferenciados entre concertos, feiras de edição independente, sessões de cinema e poesia, performances e exposições de artes visuais. Sem sede fixa para as suas actividades, actua numa diversidade de espaços da cidade, desde museus, espaços públicos, salas convencionais e recintos improvisados, sendo vários os parceiros com quem já colaborou, instituições públicas, entidades privadas e outros grupos associativos.
Pela presença equilibrada entre artistas nacionais e estrangeiros na sua programação, o grupo tem colocado as Caldas da Rainha num circuito internacional ligado à cultura artística de carácter contemporâneo e independente.
Lantana é um sexteto de música improvisada/experimental que reúne algumas das mais criativas improvisadoras do panorama português na última década : Anna Piosik (trompete), Helena Espvall (violoncelo), Joana Guerra (violoncelo), Maria do Mar (violino), Carla Santana (electrónica) e Maria Radich (voz).
Após a estreia do grupo nas “MagaSessions” em Lisboa, as Lantana são convidadas por Lula Pena para colaborar em três concertos desenvolvidos em residência artística na Galeria Zé dos Bois, entre Abril e Junho de 2019. Depois disso, apresentam-se no Festival Lisboa Soa 2019 e no Festival Jazz ao Centro 2019, concerto esse que figurou na lista de melhores concertos do ano segundo a jazz.pt. Participaram este ano no Festival Jazz 2020 com um concerto no anfiteatro ao ar livre da Fundação Calouste Gulbenkian, e no WarmUp do Festival de Cinema IndieLisboa.
As Lantana estão, neste momento, a preparar o seu disco de estreia.
+ info: https://soundcloud.com/lantanamusica
Conversa de Nuno Morão, Nuno Torres e Ricardo Jacinto com Lantana (Anna Piosik, Helena Espvall, Joana Guerra, Maria do Mar, Carla Santana e Maria Radich) | 07.12.2020
Emissão em directo das Lantana | 14.02.2020
Do Jardim do Éden, à passagem por o Jardim das “delícias” de Epicuro, no curso do Jardim das Oliveiras e em confronto com o do Jardim das Aflições, eu encontro o meu jardim.
São pequenos esboços da minha experiência do sensível, na qual coloco a minha voz em auxílio da minha mão.
Conversa de Nuno Morão, Nuno Torres e Ricardo Jacinto com Martinha Maia | 07.12.2020
Conversa de Ricardo Jacinto com Benedita Pestana (O Armário) | 07.12.2020
I – Quando cantas para o horizonte
II – O musgo tacteia a tua pele
III – O teu corpo é de terra
IV – Sobrepões diferentes camadas
V – Sacode o pó
VI – Afasta com os dedos a erva
VII – Lentamente respiras a neblina
VIII – Aguardas que as nuvens se afastem
IX – Não te esqueças de respirar
X – Miosótis e rosas em seus canteiros
Martinha Maia, nasceu em São Mamede do Coronado em 1976.
Licenciou-se em Artes Plásticas em 2000 na ESAD das Caldas da Rainha
Vem desenvolvendo trabalho desde 2000, utilizando a performance, o vídeo, a instalação e o desenho como principais meios de expressão.
Fez parte de inúmeras exposições, tais como: 30 artists under 40, Stenersen Museum, Oslo, 2004; j´en rêve, Foundation Cartier pour l’art Contemporain, Paris, 2005; Sobre Barroco, Casa de Velázquez, Madrid, 2007; Muyethlek, Museu de Arte Maputo, Maputo, 2008; A “fluxus” thing 2, Exhibition and Performance Night in Fetish & Consumption, at Stuttgart Academy, in 2008; De sensu et sensato, Espaço Tranquilidade, 2012; 30 anos dos CAM, Ciclos de performance, CAM, Lisboa, 2013; Da fábrica que desvanece à baía do Tejo, Parque Empresarial Baía do Tejo (Quimiparque), Barreiro, 2014; Imaginarius, Centro de Artes e Cultura de Ponte de Sor, 2018; Poética do Obtuso, Quase Galeria, Porto, 2019; Coleópteros, Museu Nacional Soares dos Reis, Porto, 2019; Qualquer coisa contrária à natureza, Caos, Casa d’arte e ofícios, Viseu, 2019; Uma espécie de lugar, O Armário, Lisboa, 2020. Vive e trabalha no Porto.
Preto Mate é a teia onde confluem dois violoncelos, a expansão electrónica de Ricardo Jacinto, a multipercurssão de Pedro Melo Alves e os cantos obscuros de Joana Guerra. Cordas e percussão fundem-se numa música improvisada com ecos do século XX e um carácter profundamente imersivo.
Joana Guerra: violoncelo e voz
Pedro Melo Alves: bateria e percussão
Ricardo Jacinto: violoncelo e eletrónica
Conversa de Nuno Morão com Preto Mate (Joana Guerra, Pedro Melo Alves e Ricardo Jacinto) | 11.12.2020
Concerto Preto Mate na Sonoscopia | 12.12.2020
Planeta Plip
Um pequenino Planeta de sons
Um Planeta de bolacha
a cada que dia que passa
Um bolo de planeta no jardim do planeta
Ordenados e desordenados
Pairam uns de pernas outros de cabeças
Workshop a partir do espetáculo para a infância PLIP. Com base no processo criativo do espetáculo, os participantes irão idealizar e criar o seu planeta móvel e particular, passando pelas etapas inerentes à criação artística, de um universo criativo aberto sempre em transformação. Os participantes serão, ao longo de um período de dias, introduzidos ao planeta Plip, que servirá de motor e inspiração, através de pequenos desafios lançados. No final, cada participante terá o seu kit Plip (peças de uma marioneta semelhante a uma personagem do espetáculo), que será montada como um lego e animada sob a orientação dos formadores.
racter in the show), which will be assembled like a lego and animated under the guidance of the trainers.
Conversa de Nuno Torres e Ricardo Jacinto com Red Cloud Teatro de Marionetas (Sara Henriques e Rui Rodrigues | 03.12.2020
Rádio Plip
Rockinho
A Red Cloud Teatro de Marionetas é uma companhia portuguesa, sediada em Aveiro, fundada em 2013. Participa em Festivais nacionais e internacionais de Teatro de e com Marionetas, apresentando-se a crianças e adultos.
Com base no mote Marionetas em Movimento, amplia o conceito de Marioneta. Investiga e desenvolve a sua linguagem contemporânea na criação regular de espetáculos e posterior circulação. Num limbo entre a tradição e a atualidade cumpre também a missão de preservação, divulgação e circulação da tradição popular portuguesa de marionetas “Teatro Dom Roberto”.
Opera em 4 eixos fundamentais:
Experimentação, Criação e itinerância de espetáculos,
Desenvolvimento da sua linguagem em contexto contemporâneo com o foco na experiência cinemática do teatro,
Preservação e difusão do “Teatro Dom Roberto”,
Resgate e alargamento de públicos através das áreas artísticas do contexto teatral em que opera.
+ info: https://redcloudteatro.wixsite.com/red-cloud
Conversa de Nuno Morão, Nuno Torres e Ricardo Jacinto com Gustavo Costa | 07.12.2020
Coded time signals
Sistemas de comunicação invisíveis, sinais de fumo digitais e códigos de ética das comunidades experimentais emitidos a partir da Sonoscopia.
Gustavo Costa, laptop
Jan Solcani, laptop
João Ricardo, laptop
Emissão em directo da Sonoscopia | 06.12.2020
Som Desorganizado
Som Desorganizado é um encontro anual promovido pela Sonoscopia e que procura agregar ideias de exploradores sonoros inovadores. Centra-se na apresentação e discussão de obras artísticas, coletivos de criação e novas direções musicais. De uma perspectiva mais abrangente, o Som Desorganizado é também uma reflexão sobre o próprio significado do som, e sobre a forma como pode ser organizado em artefactos musicais.
Emissão em directo da Sonoscopia | 12.12.2020
Sonoscopia é uma associação para a criação, produção e promoção de projetos artísticos e educacionais centrados principalmente nas áreas de música experimental e pesquisa sonora.
+ info: www.sonoscopia.pt
Dois cadernos: fragmentos e exercícios
A residência de investigação incide no cruzamento entre a minha prática artística interdisciplinar e a prática de docente no ensino superior (ESAD.CR). Durante a residência pretendo dar início à laboração de dois cadernos; o caderno de fragmentos que consiste em reunir citações já pesquisadas, mas que se encontram dispersas. E o caderno de exercícios, onde pretendo reunir exercícios de movimento, micro ações poéticas, que pratico e disponibilizo aos meus alunos, indoor e outdoor. A residência é a oportunidade para marcar um momento da minha investigação a/r/tográfica; desenvolver e aplicar métodos artístico-pedagógicos que surgem das relações entre a minha prática artística e a prática artística do aluno na descoberta da performance, assente na performance ao vivo, destinada a encontrar uma transcrição visual, sonora ou espacial, ou ligada ao processo criativo.
Conversa de Matilde Meireles e Diogo Alvim com Teresa Luzio
Teresa Luzio (*1976) Livros-artista, vídeos analógicos e fotografias são vestígios das suas performances, definidos por nenhum público presente, ou a sua presença é coincidência. O seu trabalho surge do que ela observa, seja um lugar, um objecto ou uma situação, para perturbar a sua configuração, para se atravessar nelas como uma forma de vivenciar as coisas. Teresa é graduada entre Portugal e a Alemanha. Tem um Mestrado em arte pública e novas estratégias artísticas (Weimar) e um Doutoramento em performance (FBA.UP). Leciona na ESAD.CR desde 2008.
No seu livro O Pós-Humano, Rosi Braidotti sugere que o humanismo ‘implica a dialética do eu e do outro’, de forma a que ‘os outros sexualizados, racializados e naturalizados’ sejam ‘reduzidos a um estatuto de corpos descartáveis’ (2013). A filosofia pós-humana rompe com este modelo humanista, em que o “ele” está no centro dos valores corporais, mentais, discursivos e espirituais. O Entrelaçamento (2020) é uma peça áudio que descreve o demolir das fronteiras físicas entre corpos humanos e não-humanos. Numa pedreira abandonada onde uma colónia matriarcal de musgo prospera na ausência deixada pela extração, a artista é reclamada pelo musgo e absorvida pela rocha antiga que o musgo cobre. O Entrelaçamento posiciona as ideias de pós-humano de Braidotti como um enquadramento que oferece o potencial para desestabilizar as construções culturais de identidade, enquanto proporciona a oportunidade para uma transformação lúdica no local.
Conversa de Matilde Meireles e Diogo Alvim com Victoria Lucas
Victoria Lucas (b.1982, UK) é artista e investigadora actualmente a fazer um doutoramento na Sheffield Hallam University (SHU) em Inglaterra. É também professora de artes visuais na Universidade de Central Lancashire (UCLan), artista residente na Site Gallery e membro da rede YSI Sculpture Network 2020. A sua prática incorpora formas esculturais em diálogo com vídeo, fotografia, som e performance. Victoria usa a tecnologia como forma de re-mapear, incorporar e envolver estratos materiais, processos sobre os quais a subjetividade do feminino é reimaginada in situ.
Sheffield Hallam University, England (SHU)
www.victorialucas.co.uk
O tópico principal deste projecto de investigação-artística, como parte do seu doutoramento, é a paisagem como género artístico bem como a questão geográfica. Aqui, paisagem é entendida sob uma perspetiva que prioriza a experiência do espaço de perto e por dentro, em oposição a uma experiência de distante e de exterior. O projeto toma como referência perspetivas não ocidentais de desenhar cartografias bem como imagens de espaços que valorizam o toque em vez da ótica, a proximidade em vez da distância, transformação no lugar da representação, fluir, fragmentos, descobertas únicas e singulares em vez de uma imagem completa. A metodologia envolve a realização de uma série de ações ou táticas, recolha de objetos, matéria e informação como experiência de um dado espaço. Estes envolveram experiência temporal e espacial em que o corpo, a percepção de proximidade, a memória, a aleatoriedade e o encontro se tornam aliados. Estas ações são determinadas através do acaso.
Conversa de Matilde Meireles e Diogo Alvim com Viviana Gonzaléz Mendéz
Viviana González Méndez Viviana González Méndez é uma artista Colombiana com estudos em artes plásticas, estética e teoria artística. Ela tem exposto em países como Suíça, Bolívia, Alemanha e Colômbia. O seu trabalho aborda e questiona espaços urbanos e rurais e cartografias experimentais, usando como veículo a instalação artística. Está a fazer um doutoramento entre o programa de Artes Visuais e Teoria Cultural da Faculdade de Zurique na Suíça, e a Universidade de Art e Design em Linz na Áustria.
Zurich University of Fine Arts (CH)/University of Art and Design Linz (AT)
http://cargocollective.com/vivianagonzalezm